Cegonha Medicina Reprodutiva

Funcionamento : Segunda a Sexta - 08h às 18h
  Contato : 31 2534-2727

O tratamento de fertilidade não aumenta o risco de câncer no útero ou de mama

Os tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, não aumentam o risco de uma mulher desenvolver câncer de útero ou de mama, segundo nova pesquisa.

O estudo não encontrou um aumento geral no risco destes tipos de câncer, mas apontou um leve aumento no risco de câncer de mama não invasivo, e de tumores ovarianos em mulheres que fizeram tratamento de fertilidade.

O aumento do risco de câncer de mama não invasivo, que não cresce em tecidos normais ou se espalha por todo o corpo, foi associado ao número de ciclos de tratamento que a mulher havia realizado.

O aumento do risco de tumores ovarianos parece estar restrito a mulheres com outros fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

No estudo, o Professor Alastair Sutcliffe da University College London e sua equipe usaram registros da Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia de mais de 250.000 mulheres britânicas que foram submetidas a tratamento de fertilidade assistida entre 1991 e 2010, ligando esses dados a informações obtidas de registros nacionais do câncer.

A equipe observou as mulheres por um período médio de 8,8 anos. A idade média no momento do tratamento foi de 34,5 anos, com as mulheres tendo realizado uma média de 1,8 ciclos de tratamento. A causa da infertilidade entre os participantes estudados envolveu pelo menos um fator feminino (44% dos casos), e fatores masculinos, em 33% dos casos. Em 19 por cento dos casos, a causa da infertilidade foi inexplicada.

Os tratamentos de reprodução assistida utilizam níveis altos de hormônios, o que poderia aumentar potencialmente o risco de câncer em mulheres. Um estudo de referência de 2015 mostrou que o risco de câncer de ovário de mulheres submetidas a tratamento de fertilidade aumenta em um terço.

Os autores do artigo atual sugerem que características dos pacientes, em vez do tratamento propriamente dito, provavelmente expliquem os achados anteriores. No entanto, os autores reconhecem as limitações dos estudos observacionais, destacando que o monitoramento contínuo da população que realiza tratamento de fertilidade é essencial.

A pesquisa foi publicada no BMJ.

Fontes e Referências:

No ‘overall risk’ of womb or breast cancer after fertility treatment
Nursing Times |  12 July 2018
Risks of ovarian, breast, and corpus uteri cancer in women treated with assisted reproductive technology in Great Britain, 1991-2010
BMJ |  4 June 2018
Study finds no increased risk of womb or breast cancer after fertility treatment
EurekAlert |  11 July 2018

Escrito por: Charlott Repschlager
Este artigo foi reproduzido com permissão da fonte e publicado originalmente em inglês pela Progress Educational Trust – BioNews, para ler o artigo original por favor acesse:
Fertility treatment doesn’t boost womb or breast cancer risk.