A infertilidade masculina, ainda um tabu para muitos
Quase metade dos casais que não conseguem ter filhos sofrem com o problema masculino, porém a infertilidade masculina é ainda considerada como um tabu para muitas pessoas.
Para deixar o assunto um pouco mais claro, selecionamos 5 mitos e verdades quando o assunto é a Infertilidade masculina.
1. A infertilidade só acontece nas mulheres
Esse é um dos maiores mitos, quando o assunto é a infertilidade.
Sabe-se que de 10 a 20% dos casais no mundo inteiro são acometidos por infertilidade conjugal.
A esse número pode-se acrescentar mais 10% de casais que têm que se contentar com um número menor de filhos do que o desejado.
No Brasil, 18% dos casais em idade fértil não conseguem ter filhos.
Em 40% de todos esses casos, a infertilidade pode ser atribuída exclusivamente a causas femininas.
Em 40% dos casais que não conseguem ter filhos, o problema é do homem. Em 20% o problema é dos dois.
2. Assim como as mulheres, o homem se torna infértil com a idade
Um outro mito.
Diferentemente das mulheres que, quando passam da menopausa se tornam inférteis, os homens continuam a produzir seus espermatozóides por toda a vida.
Porém, alguns pontos devem ser considerados.
À medida que os anos passam e que o homem envelhece, a qualidade do sêmen e dos espermatozóides vai diminuindo.
Isso ocorre por causa da queda dos níveis de testosterona no organismo masculino. Essa queda hormonal se inicia por volta dos 65 anos e acontece de forma lenta.
E, uma das consequências dessa diminuição na qualidade e quantidade de espermatozóides no sêmen é a redução nas chances de gravidez.
3. O estilo de vida do homem pode influenciar na sua fertilidade
Verdade. Em pesquisas recentes, o estresse, a obesidade, a má qualidade de vida e o sobrepeso vem sendo apontados como fatores que podem influenciar na infertilidade masculina.
No caso do sobrepeso e da obesidade, a gordura altera a produção de espermatozoides por gerar calor na região testicular atrapalhando sua produção, bem como a redução dos níveis de testosterona.
Já o estresse, por sua vez, está relacionado à disfunção erétil, provocando problemas de ejaculação e o aumento no número de células inflamatórias que interferem na qualidade dos espermatozoides e diminuem o desejo sexual
4. Após tratamento de câncer, homens não podem mais ter filhos
Mito. Os tratamentos para o câncer podem provocar sim efeitos negativos na fertilidade dos pacientes oncológicos em idade reprodutiva, mas algumas medidas podem ser tomadas para que os homens possam ter filhos no futuro.
É imprescindível que eles preservem seus gametas antes de iniciar o tratamento quimioterápico ou radioterápico.
Para os homens, o que é recomendado é a criopreservação do sêmen e, em casos específicos, de espermatozoides obtidos por PESA (do epidídimo) e TESA (do testículo).
O congelamento preventivo de sêmen também é indicado para homens que irão realizar vasectomia ou outra cirurgia no sistema reprodutor capaz de afetar a produção de espermatozoides.
5. A infertilidade masculina tem tratamento
Verdade.
Em casos de maior complexidade, pode ser necessário recorrer a tratamentos de reprodução assistida, como:
- a fertilização in vitro e
- a injeção espermática intracitoplasmática, que consiste na introdução de um único espermatozóide dentro do óvulo para promover a fecundação.
Nos casos de azoospermia – ausência de espermatozóides na ejaculação, a única solução é recorrer a bancos de doação de sêmen.
Para saber mais sobre a Infertilidade Masculina e os métodos de fertilização e esclarecer suas dúvidas, fale com a equipe da Cegonha Medicina Reprodutiva.
Referências Bibliográficas:
ALVARENGA, Raquel de Lima Leite Soares. Jornada da Fertilidade: guia essencial para toda tentante / Coordenadora: Raquel de Lima Leite Soares Alvarenga; Prefácio de Patrícia Balbi. 1. ed. – Belo Horizonte, MG: Abrafe (Associação Brasileira de Apoio à Fertilidade); Às Editorial, 2021. Capítulo 1: Infertilidade, Raquel de Lima Leite Soares Alvarenga. Capítulo 11: Preservação da fertilidade, Josimar Grassi Pereira.
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